terça-feira, 21 de junho de 2011

O mundo todo está em mim.

Na minha pele estão todos os continentes

E nos meus olhos a parte iluminada e marmoreada da minha alma,

Pejada de pó e crateras de impactos distantes e duradouros,

Cuja luz branca e funéria de lágrimas esquecidas,

Está virada para o nascer de outro dia.

Antes, na noite, sonho a minha esperança.

De dia, a lava da impureza de todos escorre

E arde os meus campos verdejantes.

E sempre o rio do meu sangue corre para ti

Sem nunca chegar ao destino.





Paulo Pombal, Lisboa, 20 de Junho de 2011





All the world's inside me.

On my skin are all the continents

And on my eyes the marble white light of my soul,

Filled with dust and distant and everlasting impact craters,

Shinning funerary forgotten tears,

Facing towards the rise of another day.

Before, at night, I dream of hope.

During the day, the lava of everyone's impurity

Runs and burns through my greenish fields.

And always the river of my blood runs to you

Never arriving to it's destination.





Paulo Pombal, Lisbon, June the 20th, 2011

sexta-feira, 18 de junho de 2010



Raro es que me muestres lo que hay escondido por las sombras de las calles de Lisboa, pero como rara es tambien la perdición de mis pasos antíguos, caminando hacia adelante como si volvieran hacia atras...

...Intento respirar el futuro pero mi amor habita en el pasado.

Vivo mi tristeza como se llegase en casa a volver a ver mi amor, en una casa antígua, una ventana...

Y siempre el aire que corre por debajo... huyendo de la luz fija del sol por la ventana en el silencio de las paredes oscuras...

Mi corazon es como la montaña, a todos mira y no existe...

Pues el sol eres tu,mi vida, y para mi se ha hecho de noche para siempre....


sondart, 8 de Outubro de 2008

sábado, 5 de junho de 2010






Um dia as folhas não cairão mais porque rebentarão todas dos teus lábios para cima e todos olharão para o céu...



2008


quarta-feira, 1 de outubro de 2008




Depois de mim, vissem tudo o que eu vi com os vossos próprios olhos, fossem eles, os meus.

Não se escreva, sinta-se.

Mostre-se aos outros, na sintaxe dos sentidos, o que se teria de escrever e que não se perdesse nada nas ligações das letras.

Que estas apenas pegassem nos nós das nossas mãos e nos dessem a certeza de que não estamos sós.







19h03, 05 de Junho de 2010


sexta-feira, 22 de agosto de 2008



Que poderá estar no interior de um corpo escrito se não o que a sua alma de tempo viu e sentiu?


What's inside a written body if not what its recording time saw and felt?



quinta-feira, 21 de agosto de 2008






To all men and women who, while waking up, still only dream of themselves and not of a better world for all. To all who, while waking up, dream of a better world for all. To all of those who fight everyday for their right to stay alive against those who do the same but on the cost of the lives of the first ones. To those who end their lives because too many things and too many people make them forget how beautiful they are and what surrounds them. To all the best times of every living being, those remembered and those forgot and all the people that was part of it. To our planet, all it's contents, landscapes, colors, smells, shapes and living beings. To all sites and pictures that made us feel greater and better men and women. To all the places and faces. To time which allowed us to exist. To all the Universe, which allowed us to imagine concepts in order to improve our thoughts and souls. To all men and women's creations that made us feel alive. To all that way you looked at me and I looked at you and we felt as one. To love. To me. To you.


A todos os homens e mulheres que, quando acordam, ainda sonham apenas com eles próprios e não com um mundo melhor para todos. A todos os que, quando acordam, sonham com um mundo melhor para todos. A todos aqueles que lutam todos os dias pelo seu direito de estarem vivos contra aqueles que fazem o mesmo mas à custa dos primeiros. Àqueles que põem termo à sua vida porque demasiadas coisas e pessoas fazem-nos esquecer quão belos são e aquilo que os rodeia. A todos os melhores momentos de cada ser vivo, aqueles recordados e aqueles esquecidos e a todos os que fizeram parte deles. Ao nosso planeta, a tudo o que nele existe, paisagens, cores, odores, formas e seres vivos. A todos os locais e imagens que nos fizeram sentir maiores e melhores homens e mulheres. A todos os lugares e caras. Ao tempo que permitiu existirmos. A todo o Universo, que nos permitiu imaginar conceitos para que tornássemos maior o nosso pensamento e o nosso ser. A todas as criações de homens e mulheres que nos fizeram sentir vivos. Àquele modo com que olhaste para mim e eu para ti e nos fez sentir como um só. Ao amor. A mim. A ti.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

I ( The Moon )


"I'm colder and drying now... Light is becoming dimmer... Wind is blowing stronger again, blowing more and more dust, rising it up in the air... I'm falling into darkness again..."


sondart,  21:02,  22 Julho 2007


II ( Neptune )


"The air is thicker and thicker ( I cannot breathe!... ). My only light, a blueish one, has become darker and greyish... All of myself is a huge round dark blue greyish body in a threathning close up. Rain starts to fall, dissolving it all..."


sondart, 21:48, 22 Julho 2007


III ( Mars )

"It was rain but the seas disapeared. All is left is a landscape of dying dreams and missing links to whatever was happiness before. Now all is brown dust and mountains which location makes only sense when imagining that perhaps this could have been so diferent one day in the past... Or in the future ( a cold and small star but somewhat familiar rises slowly and shy, shinning... )..."


sondart, 22:15, 22 Julho 2007